A forte chuva que atingiu Belém na última quarta-feira (14), deixou vários moradores com prejuízos. A água na cidade de Belém invadiu as casas, alagando cômodos e deixando móveis e eletrodomésticos debaixo d’água. Porém há a possibilidade de ressarcimento do dano.
Após a chuva, dona Maria Helena estava desolada e sem saber o que fazer. “Só deu tempo de salvar o sofá e a cama. Mas o fogão, a geladeira, o guarda-roupa foi tudo pro fundo”, lamenta a dona de casa. “Acho que o sofá não presta mais, porque encharcou muito. Na cozinha o armário desabou, a água cobriu o motor da geladeira e agora não sei se vai funcionar”, afirma a aposentada Nazarina Lima. “Tudo foi por água abaixo, a gente conseguiu levantar já com o nível da água bem acima, então a gente não sabe o que vai funcionar e o que não vai”, conta a consultora de vendas Rosângela Monteiro.
Segundo o promotor de meio ambiente Raimundo Moraes, quem teve prejuízos pode pedir ressarcimento à prefeitura, mas para conseguir a indenização não é tão simples.
“A omissão da prefeitura em limpar canais ou de fazer qualquer atividade relacionada as enchentes… Fechamento das comportas na hora da maré alta de acordo com o sistema que foi criado pela macrodrenagem e sendo comprovada a omissão da prefeitura, é possível ser cobrado o dano, é possível ter o ressarcimento”, afirma o promotor.
O secretário de saneamento de Belém, Luis Otávio Mota, disse que desde o início do ano 116 mil toneladas de entulhos foram recolhidas dos canais da cidade. Com o feriado, o serviço de limpeza ficou comprometido. O prefeito Zenaldo Coutinho prometeu intensificar o trabalho de limpeza e dragagem dos canais de Belém, mas reconhece que não é o suficiente para evitar o caos em dias de chuva prolongado.
“Nós estamos em um período emergencial, resolução mesmo nós só teremos com a macrodrenagem das bacias. Ainda temos a Estrada Nova, que estamos fazendo, tem a Bacia do Paracuri, um trabalho emergencial mas que terá mas que terá continuidade com obras estruturantes e sempre a manutenção da limpeza, é fundamental “, afirma Zenaldo.
Fonte: G1